Conselho do Palmeiras aprova contratos da Crefisa
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A argumentação da diretoria do Palmeiras é que o conselho é soberano para decidir sobre o tema e que a reunião não representa um "atropelo" das funções do COF, que poderá seguir rejeitando os balancetes mensais. Ao UOL Esporte, o diretor jurídico alviverde, Alexandre Zanotta, disse que o tema foi "politizado" pelos oposicionistas do COF e que Galiotte convocou a reunião do conselho por uma questão de transparência com os sócios. "Não é nem competência do COF nem do conselho. Mas como o COF resolveu reprovar os balancetes não com base técnica, mas com base política, o presidente, por transparência, achou melhor chamar o conselho para decidir. O estatuto não tem nada de competência do conselho em relação a isso, mas também não tem nada que proíba falar sobre isso. O conselho é soberano", disse Zanotta. Essa interpretação foi rebatida por Guilherme Gomes Pereira, ex-diretor jurídico do Palmeiras e conselheiro do grupo do ex-presidente Paulo Nobre. "O conselho não tem competência para deliberar sobre reestruturação do contrato, a competência é do COF. Não houve essa análise do COF, que vem rejeitando as contas mensais. O conselho só pode no ano que vem, a partir de parecer do COF, verificar se a rejeição das contas tem procedência ou não. Não é para, diante de rejeições de balancetes, o presidente chamar uma reunião para avaliar e deliberar sobre o contrato. O COF vem rejeitando as contas, por conta do aumento do passivo, que não foi autorizado por eles", afirmou ele ao UOL Esporte. Os contratos com a Crefisa precisaram passar por mudanças em janeiro, depois de a empresa de Leila Pereira ser multada pela Receita Federal. Os valores investidos pela patrocinadora na contratação de jogadores tiveram que deixar de ser registrados como "despesas" e passaram à categoria de "empréstimos", fazendo com que o Palmeiras precise devolver o dinheiro quando os atletas deixarem o clube. O clube assumiu um passivo na casa dos R$ 120 milhões, que Galiotte trata como "dívida coberta" por considerar que o clube tem ativos (os próprios jogadores) com os quais pagar. [caption id="attachment_2469" align="aligncenter" width="800"]