Calor aumenta índice de escorpiões
O período de chuvas e a chegada do calor aumentam os riscos de ataques de animais peçonhentos, principalmente escorpiões. De acordo com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), a Vigilância Epidemiológica registrou neste ano 44 notificações, sendo 34 em Jundiaí. Não houve morte.
A veterinária Marina Barboza explica que, quando está muito calor, estes animais costumam sair para se alimentar de outros insetos e acabam atacando os seres humanos. “Sempre orientamos para que as pessoas tomem cuidados ao se aproximarem de lugares onde os escorpiões costumam ficar, como lixos e entulhos, por exemplo”, explica a veterinária.
O veterinário da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), Luis Gustavo Grijota Nascimento, explica que, nas épocas mais quentes do ano, a reprodução de diversos animais, incluindo a dos escorpiões e de seus alimentos, como as baratas, se intensificam. Isso contribui para o aumento de sua população, sendo mais facilmente encontrados nas residências. “Como são encontrados nas galerias de águas pluviais e esgoto, o acesso dos escorpiões às residências, muitas vezes, se dá pelos ralos. Para tentar controlar a entrada, é importante deixar ralos tapados e também vedar portas, rodapés e manter janelas fechadas, por onde o animal pode acessar a casa”, ressalta o veterinário.
Luiz Gustavo também explica que é importante evitar o acúmulo de material inservível no quintal, como entulho, restos de material de construção e madeiras, além de manter os ambientes limpos, pois o lixo é atrativo para o animal. E, quanto ao uso de venenos, o veterinário pontua que apresentam pouca eficácia em função das características biológicas e do comportamento do animal.
O morador Gustavo Bertoloni, de 29 anos, relata que, desde a primeira vez que encontrou um escorpião em seu bairro, toma as medidas possíveis para não encontrar nenhum deles na sua casa. “Tenho meu filho pequeno, de quatro anos, e não posso nem pensar em ter um escorpião dentro de casa. Sempre fecho os ralos e protejo as portas para que isso nunca aconteça aqui”, revelou o morador do Jardim Samambaia.
Ao encontrar escorpião na residência, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) orienta que, sempre que possível e seguro, o correto é matar ou aprisionar o animal em um pote ou vasilhame e encaminhá-lo à UVZ. Em caso de recorrência solicitar uma vistoria pelo 156.
A UVZ faz vistorias de acordo com as solicitações feitas pelos munícipes. Além disso, existem 190 armadilhas espalhadas pelo município para aferição do nível de infestação.
A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) informa que, ao ser picado por um escorpião, a pessoa deve procurar um Pronto Atendimento (PA) ou hospital para avaliação e identificação da necessidade de receber soro. O soro é aplicado no São Vicente, se a ocorrência for em adulto, e, no Hospital Universitário (HU), se em criança.
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